Eletromobilidade: ABEE aponta desafios e boas perspectivas

Brasília, 20 de março de 2025.

“A chamada Mobilidade Verde apresenta desafios, sinaliza para avanços tecnológicos e torna o mercado de trabalho promissor para os engenheiros eletricistas”.

A afirmação foi feita por Ricardo Nascimento, presidente nacional da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE) que participou de mais uma edição do CMOVE (Congresso da Mobilidade Verde e Veículos Elétricos), realizada nos dias 19 e 20 de março, na sede do Crea-DF, em Brasília.

abee
Da esq.p/dir.: Nascimento, Gláucia, Wagner, Ricardo Guggisberg; presidente da ABVE, Israel Bernardes e Alexsandro Meirelres, diretores da ABEE


Acompanhado da vice-presidente da entidade, Glaucia Batista Pereira (ABEE-PB), e de Roberto Wagner Fernandes, também engenheiro eletricista e que preside o Crea-RN, Ricardo Nascimento foi o moderador do painel “Entidades Nacionais do Sistema Confea/Crea/Mútua, frente aos desafios da eletromobilidade”, apresentado na manhã da 5ª feira, para um público de especialistas, professores, autoridades e representantes da categoria.  
 

Importância social
É a primeira vez que a ABEE participa do CMove, um evento que mostra a realidade e projeta os próximos passos para o país encarar os desafios de transformar, de construir a infraestrutura necessária que dê à mobilidade verde a mesma segurança que a sociedade está habituada com relação aos veículos movidos a combustão.

 

Gláucia, Wagner e Ricardo Nascimento: painel
Gláucia, Wagner e Ricardo Nascimento: painel



“Para nós, da ABEE, é fundamental participar de todo e qualquer evento, como o CMove, por exemplo, em função de sua importância social”, diz Nascimento, para quem as participações da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e de Sandoval Feitosa Neto, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), “revelam a atenção que governantes e especialistas dedicam às transformações da mobilidade urbana”.

ABBE Ricardo Nascimento
Presidente da ABEE, Ricardo Nascimento: iniciativa privada e setor público unidos pela nova realidade da locomoção



Ele destaca que tanto “normas técnicas para editais e definição de políticas públicas, quanto projetos, instalação e manutenção de postos de recarga precisam se adequar para uma nova realidade em termos de locomoção e que iniciativa privada e setor público têm que estar juntos na empreitada”. 
 

Confiança e profissionais capacitados
“Só profissionais habilitados podem dar segurança aos serviços que a mobilidade verde oferece”, disse Glaucia durante sua participação. Para ela, a mobilidade verde “altera a infraestrutura das cidades em termos de rede elétrica e precisamos que nossos profissionais estejam cada vez mais capacitados para atender à demanda”. 

“Vivemos um momento especial da nossa profissão e dentro dos Creas que estão preparados para orientar e fiscalizar. Nossas Comissões de Ética estão atentas para investigar e estabelecer limites de atuação”, complementou.
 

Vice-presidente Gláucia Batista
A importãncia da segurança para a cadeia de carros elétricos foi destacada pela vice-presidente da ABEE, Gláucia Batista


Com relação à legislação vigente, Gláucia diz que “tem avançado”, mas que “é grande a preocupação com a questão do armazenamento”. 

A vice-presidente da ABEE nacional afirma que “segurança é o critério para todos os segmentos da cadeia produtiva de carros elétricos”. 
 

Soluções individuais e a coletividade
Roberto Wagner, por sua vez afirmou que “é preocupante a solicitação de condomínios para capacitar a rede elétrica e instalar postos de recarga já que é uma solução individual, mas que implica na coletividade”.
 

Presidente do Crea-RN, Roberto Wagner
Presidente do Crea-RN, Roberto Wagner, destaca importância de difundir o debate sobre a temática junto ao Sistema, a ABNT e outros setores


No entanto, para ele, apesar das dificuldades de expansão, e diante de novos modelos de empreendimento, “o futuro é promissor para a eletromobilidade, em função do aumento da segurança, duração das baterias e do preço que deve ficar mais acessível”.

Roberto Wagner afirma que “é preciso difundir a informação, trazer a pauta para dentro dos Creas, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Corpo de Bombeiros a fim de deixar claro os padrões de instalação necessários para a segurança de todos. Temos que ser referencia técnica de formação”. 

Marí Carvalho
Assessoria de Comunicação da ABEE